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RENATO ZUPO

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Vacinação obrigatória

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Como eu já disse neste espaço, já existe vacina para a COVID, por um simples motivo: se está sendo testada é porque existe, né? Efeitos colaterais e equívocos na sua composição, ou sua efetividade, deverão ser corrigidos ao longo da disseminação do imunizante na população mundial. Seremos as derradeiras cobaias humanas, não há outra saída, e é claro que no início da imunização haverá vítimas da vacina, embora poucas em termos estatísticos. E também é lógico que em dez anos a vacina em uso será muito mais efetiva e menos perigosa, porque a ciência caminha é pra frente quando não atrelada a fins políticos ou ao obscurantismo religioso. Atenção: todo fármaco tem efeitos colaterais, em nada restritos à vacina anti Covid ou à Cloroquina. Neste cenário, a vacinação em massa é importante, porque vacina precária e ainda em testes é muito menos perigosa que a Covid. Muitas vezes na vida nosso dilema reside entre escolher o ruim e o pior ainda.

Vacinação compulsória e STF.
Vacinação obrigatória não significa vacinação compulsória: só esta última é à força e, é claro, também inconstitucional. A vacinação obrigatória, propriamente dita, somente obriga o governo à sua disponibilização generalizada e cria obstáculos àqueles que não se vacinarem (impossibilidade de emissão de passaporte para o negacionista Anti-Wax, por exemplo). A discussão chegará ao STF que, é claro, entenderá que a vacinação não é obrigatória – ultimamente me sinto orgulhoso quando não sou acompanhado pelo entendimento dos senhores ministros de nosso Tribunal maior.

Esqueçam Flávio Bolsonaro.
O próprio presidente da República já frisou diversas vezes que, no caso de alguma culpa criminal formada contra seus filhos, o máximo que irá fazer é servir-lhes uma maçã no presídio da Papuda, em Brasília. Portanto, se a intenção de alguns é atingir Bolsonaro atacando-lhe os filhos, nunca vi um exemplo tão grande de perda de tempo e de dispêndio de esforços inúteis. O presidente não se preocupa com o questionamento feito a desvios éticos de seu primogênito e senador da república, Flávio, porque sabe que as supostas ações criminosas deste último são ínfimas, irrisórias, se comparadas ao mar de sargaços impuros que as fases da interminável Operação Lava Jato já descortinaram para a população brasileira. O problema da corrupção no poder é estrutural, cultural, histórico e não vai se resolver nesta geração, ainda que se punam políticos como Sérgio Cabral com 200 anos de cadeia.

Político: profissão de risco.
O governador de Santa Catarina também foi afastado das funções por supostas compras irregulares de insumos médico-hospitalares no combate à COVID. Antes dele, Witzel. Haverá mais? Fico pensando na vida e nos dilemas dos governadores (e do presidente) durante a pandemia: se nada fazem, são omissos e assassinos. Ciro Gomes já disse que Bolsonaro é um homicida – e ficou por isso mesmo, é “crítica livre”, não é Fake. Seria Fake se Ciro atacasse os ministros do STF, mas como é contra Bolsonaro… Bem, essa é outra história. Voltando ao assunto: se o governador faz e acontece e compra respiradores, remédios, anestésicos, e outros produtos para o enfrentamento radical e imediato da pandemia, mas compra errado, vai preso ou é afastado. Os governadores, então (acompanhem meu raciocínio), devem ser exímios negociadores, peritos contábeis, experts em administração pública, juristas e conhecedores do mercado de produtos da área de saúde, tudo ao mesmo tempo. Ah! Também devem se cercar não de secretários e especialistas, mas de verdadeiros apóstolos de reputação inexpugnável. Tudo isso, senão vai preso. Difícil, né? Daqui a pouco a carreira política será escolha somente dos mais desesperados. Será ocupação de desempregado – ninguém mais vai querer.

Eleições americanas.
Toda a mídia americana deseja destronar Trump. Tanto e a tal ponto que transformam o inexpressivo e inerte Joe Biden em um estadista popular, de uma hora para outra. Pintam em noticiários um eleitorado insatisfeito com o presidente candidato à reeleição, insinuam que é racista e que não tem adesão popular de negros e latinos, que é homofóbico e assedia mulheres, e assim afasta votos LGBT e de feministas. Todos fatos destorcidos, desinformação pura, isso sim é Fake News. Estive nos EUA duas vezes, justamente durante o primeiro governo Trump, e conferi que o presidente é bem quisto entre os mais pobres, a economia anda ótima, e que é extremamente popular entre negros e latinos. Trump até poderá perder as eleições, mas não porque seja um presidente desastroso. A nova esquerda (New Left) norte americana é que dominou os meios de comunicação e faz um estardalhaço danado, berrando versões e intenções como se fossem verdades. Estes são os segredos da esquerda: ela é mais barulhenta e oculta bem seus defeitos. Os erros da direita estão nos livros de história e nos jornais. Os da esquerda são omitidos, escondidos, sussurrados e ocultos.

O dito pelo não dito.
“A política é a única paixão sem grandeza.” (Nelson Rodrigues, escritor, cronista e dramaturgo brasileiro).

 

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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