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RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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povo quartel exercito

Sobre as forças armadas.

ENTRETANTO

O capitão Bolsonaro e seus apoiadores confiaram demais nas forças armadas, indo de encontro ao que já previa o genial Olavo de Carvalho, que foi militante de esquerda antes de estudar e aprender que a esquerda é necessária, mas nem sempre está certa. Na verdade, o pecado maior é do nosso ex presidente, porque veio da caserna e sabe o que nós todos, militares da reserva, sabemos: o senso de disciplina nas forças armadas é visceral, é maior  que tudo. Soldado e praça cumpre o que o Oficial mandar, em todos os escalões e hierarquias militares. Não  há posicionamento político ou ideológico que derrube a esta cadeia de comando. E os militares já aprenderam,  com o  regime de exceção  que protagonizaram a contar de  1964 e por mais de vinte anos, que a subserviência ao ímpeto do momento acabaria os tornando vilões, que as  ideologias mudam e as narrativas históricas e versões acompanham a estas mudanças, e que muitas vezes é a retórica dos vencidos que ganha – principalmente quando revoluções e golpes não modificam também o posicionamento político dos formadores de opinião. Ou seja,  os comandantes militares ficaram receosos de, escolhendo ser os heróis de hoje, voltassem a se transformar nos vilões de amanhã.

O que é terrorismo.

Alexandre Garcia, o Alexandre do bem, dia desses em seu podcast comentou que a  imprensa e o público em sua grande parte não sabem o que seria terrorismo, ao imputar aos atos baderneiros de 08 de janeiro esta pecha. Terrorismo, segundo ele, foi o que viu como repórter no Líbano, na Síria e em Israel, bombas, atentados, sequestros e homicídios em massa. Ridículo que sejam rotulados os manifestantes desequilibrados e vândalos que foram presos como “terroristas”.  A figura de linguagem só reforça  o discurso do ódio – lembrem-se disso. Eu iria além: terrorismo é o  que vimos em um passado já não tão recente, com MR8, COLINA e Var Palmares, dentre outros grupos da esquerda armada, sequestrando, matando gente e assaltando bancos, neste último caso com a participação da então guerrilheira Dilma Roussef (vocês se lembram dela). Agora parte dos terroristas é solta por decisão do Supremo Ministro Alex de Moraes, o “outro” Alexandre.  Todos irão ser soltos paulatinamente, somente permanecendo os supostos líderes ou um ou outro reincidente com pena por cumprir, que também os há entre as hostes bolsonaristas. Não é só gente boa em um momento ruim, ali não. Tem Adélio pra todo lado.

Novidades de Lula.

O Governo Lula vai tributar assalariados, rever o aumento do salário mínimo, e retirou o Brasil  da Convenção de Genebra, além de restringir o alcance de portarias armamentistas Bolsonaristas. Só pra começar. Típico de um político que toma posse sem plano de governo que não  seja derrotar o adversário, cujas ações, boas ou não, pretende varrer do mapa as obras de seu antecessor, como aqueles  prefeitos de cidade do interior que desconstroem as obras do adversário vencido logo após as eleições, e dane-se o povo. O Governo Lula poderá ser um governo bestial (no  bom sentido) ou gerido por uma besta, ou oito ou oitenta – o tempo dirá.

Fazendo-se de vítimas.

A vitimização social  é uma das maiores armas de opressão que existe. O ensinamento é do cientista político Daniele Gigiotti, italiano de Bergamo, que conheci pessoalmente. As bandeiras ideológicas defraudadas e agitadas com base no vitimismo nos escravizam e, de um lado, nos fazem pagar uma conta que não é nossa. De outro, tornam a vulnerabilidade social um bom negócio para a vítima, que assim perde o ímpeto de superar desafios sociais por si própria e, assim, galgar importantes degraus da pirâmide social  dos mercados capitalistas modernos. Esta vitimização não protege aos fracos, nos enfraquece a todos.  Os patriotas do mal, baderneiros que vandalizaram prédios públicos e monumentos artísticos e históricos em Brasília, deveriam se aperceber que deixaram de ser vítimas  para se tornarem réus por sua  própria  ignorância e deformidade de caráter. Um péssimo negócio em um país com  a cultura e a informação impregnadas de dissonância cognitiva, que é mais ou menos assim: para os amigos flores, para os inimigos, coroas fúnebres de flores.

O que vai ser da Jovem PAN?

Se quebram adversários políticos não somente com notícias falsas, disseminação do ódio pela internet ou com processos judiciais. Se quebra com isso  tudo junto  e também pelo bolso. Lula, PT e seu pessoal impregnado  nos aparelhos do  poder estão destruindo a JOVEM PAN, seus principais profissionais e jornalistas,  com indenizações e multas, provocando demissões de campeões de audiências e compartilhamentos. O conglomerado jornalístico não deveria ter cedido desde o início e deveria ter lutado, não porque não se cede a chantagistas que haverão sempre de querer mais e mais, mas porque, sabedora da vingança odiosa da qual seria vítima inevitável,  iria cair de qualquer jeito. Que caísse lutando.

 

O dito pelo não dito.
Democracia amplia a esfera da liberdade individual, o socialismo a restringe. Democracia atribui todo o valor possível de cada homem; socialismo faz de cada homem um mero agente, um mero número. Democracia e socialismo não têm nada em comum além de uma palavra: igualdade. Com uma grande diferença: enquanto a democracia procura a igualdade na liberdade, o socialismo procura a igualdade na controle e na servidão.” (Alexis de Tocqueville, pensador político e escritor francês).

 

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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