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RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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Eu e a minha política

ENTRETANTO

Não me considero nem de Direita, muito menos de esquerda, e jamais de centro. Qualquer pessoa que me queira rotular ou manietar politicamente vai dar com os burros n´água, porque meu pensamento é livre e jamais me deixarei aprisionar a uma ideologia, por mais simpática que me possa parecer em um primeiro momento. Ideologias são assim, como mulheres siliconadas e bastante maquiadas que você conhece em uma boate, em roupas apertadas e decotes provocantes. No dia seguinte é que vai perceber o que era ilusão, o que era álcool e Botox, e como a realidade é diferente da aparência. Não detesto a esquerda – apenas considero o Marxismo um erro, talvez o pior da história, e distingo bem aqueles políticos e partidos que disfarçam suas tendências marxistas mentindo ao público. Prefiro até que comunistas sejam escrachadamente comunistas, porque isso torna o jogo político mais transparente e honesto. Mas, confesso, a direita só me encanta na meritocracia, porque não consigo entender governabilidade sem justiça social e não acho que iremos voltar ao vestíbulo de primeiro mundo que já frequentamos deixando os pobres cada vez mais pobres: isso é um veneno para a democracia, em tempos de passeatas, conflitos entre poderes, sistemas político-partidários frouxos e que não se sustentam. Mas de todas as tendências, considero a menos agradável o Centrão. Não m perguntem por qual motivo. Acho que quem está no centro tem uma cara de indeciso que não me conquista – e me lembro de um coronelzão do sertão norte mineiro vaticinando: passarinho em cima do muro toma chumbo dos dois lados.

E foi embora o Carnaval.
Se no Brasil as coisas só começam depois do Carnaval, então agora é que a onça vai beber água, como diziam os antigos. Por quê? Bem, eu já disse aqui: economia alguma se sustenta com o dólar valendo cinco vezes mais que a nossa moeda. O Euro já ultrapassou essa melancólica marca. Entra menos dinheiro, as pessoas se endividam mais, aumentam as diferenças sociais. Só fica bom para os mais ricos. Além disso, não há ninguém no mundo igual a Jair Bolsonaro, gostem dele ou não. É o único presidente antigoverno que já conheci em meio século de vida e trinta anos de vida pública. É um singular chefe de governo que combate o próprio governo: quer retaliar diferenças políticas com o Congresso e com o STF e põe o povo nas ruas pra isso. Tem colhões, como dizem os espanhóis, mas o que irá fazer com eles? Cozinhá-los na baderna política que instaura? Qualquer governo precisa de harmonia e paz para funcionar – o nosso presidente, repleto de boas intenções, faz o oposto e amealha inimigos e polêmicas. Assim, não consegue trabalhar e nós pagamos o pato. Tudo bem, o Congresso decepciona a muitos. Tudo ok, o STF já viveu dias melhores. Jogá-los abaixo, todavia, não vai resolver o problema – e não nos esqueçamos do que certa feita disse um dos filhos do presidente: fechar o STF é trabalho simples, para um cabo e um soldado. O difícil é o dia seguinte: fazem trinta anos que vivemos em uma democracia. Abrir mão dela é retroagir na história.

Verdades esquecidas.
Por mais de dez anos a mídia mundial ignorou, fingiu não ver, instituições como o Grupo BIlderberg, o CFR (Council of Foreign Relations) e o Foro de São Paulo. São agremiações que eu não diria secretas, mas sim discretas – estranho é que a imprensa tenha lhes feito vistas grossas por tanto tempo. Isso é muito mais do que burrice: há interesses financeiros por trás dessa incompreensível discrição midiática. Para quem não sabe, o Bilderberg é um grupo de milionários mundiais profundamente interessados em esvaziar os Estados Unidos, e com eles todo o mundo ocidental, dos valores intrínsecos ao conservadorismo que forjou a própria América, instituindo uma nova ordem mundial em que a ONU exerça o controle internacional das nações alijadas de sua indispensável soberania. George Soros esteve sempre à frente desta instituição velada, com Rockfellers, Kennedys, Clintons e um monte de sobrenomes famosos lhe fazendo coro, mais ou menos o que acontece com o CFR, com a diferença que este é um órgão governamental dos Estados Unidos. Isso mesmo. A Constituição americana empurrou uma entidade apartidária no seio do país mais rico do mundo e com o intuito declarado, escrachado, de governar para o mundo, mesmo que à revelia dos interesses estadunidenses. Se você, aqui no Brasil, não sabe de um ou de outro, tudo bem. Estão relativamente distantes, afinal, muito embora seus tentáculos aqui cheguem através de satélites como a organização do Foro de São Paulo. Deste você já ouviu falar, não é mesmo? Uma entidade que agrega todas as organizações de esquerda latino americanas, sejam partidos políticos ou grupos terroristas que pegam em armas como as FARC ou o MIR chileno. Seu objetivo único é ressuscitar o marxismo na América Latina, enfraquecendo a influência americana ao sul do Equador. Essa teimosia é que não compreendo: olho ao redor do globo e só vejo florescerem democracias prósperas conforme as regras do capitalismo que orbita os EUA. Ou seja, o American Way of Life. Todo outro tipo de democracia ou totalitarismo naufragou no fracasso econômico e não se sustentou historicamente. Por qual motivo entidades dessa natureza insistem no erro, para isso contando com a cumplicidade de formadores de opinião?

 

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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