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RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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Covid Facts

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A OMS não ajuda muito a esclarecer inúmeros pontos ainda controvertidos sobre a pandemia do Coronavírus e sua nova cepa, a COVID 19. Mesmo assim, ao longo destes meses podemos chegar a alguns fatos até aqui incontestáveis e que aprendemos e descobrimos à duras penas e graças a bastante sofrimento e mortes. Vamos a eles?

1. Até aqui, a pandemia da COVID é o acontecimento negativo do século, e este nosso lamentável período de peste será mencionado daqui a cem anos aos nossos bisnetos em livros de história, que não serão mais livros, serão nuvens.

2. Ninguém conseguiu explicar porque o continente africano, o mais pobre e atrasado, não possui surtos contundentes de CORONAVIRUS, lá que há cidades bastante populosas e com alta densidade demográfica, com baixo índice de qualidade de água potável e com pouco esgoto canalizado. Formulo hipóteses: a) lá há muita malária e a hidrocloroquina é uma espécie de item da cesta básica dos africanos; b) morre-se lá de fome e de outras pragas mais rápido do que de COVID; c) os testes e estatísticas e a imprensa como um todo são tão atrasados que não conseguem reportar as mortes, e como não há saúde pública de qualidade a não ser os Médicos sem Fronteiras, simplesmente ficamos sem saber quem morreu do quê quando. Escolha a resposta que achar mais adequada. Eu aposto em um pouquinho de todas.

3. Em todo o mundo os cuidados sanitários tomados pelas autoridades dos respectivos países fizeram com que menos pessoas morressem em idêntico período de tempo. Assim, de janeiro a julho deste ano morreram menos brasileiros do que de janeiro a julho do ano passado. Isto se deve também ao uso de máscaras e ao distanciamento social, menos bares abertos e menos gente nas estradas, além de menos violência nas grandes cidades. Morreram muitos de Covid, que o distanciamento não resolveu, mas morreu muito menos gente de outros males.

4. Na Itália, depois de alguma hesitação, todo mundo se enclausurou e ainda assim foi uma carnificina. Na Suécia, nada fechou hora alguma e pouquíssimas vítimas da COVID morreram, o que demonstra que o Lock Down só funciona para dar tempo para a saúde pública se equipar. Quando o país já ostenta uma boa rede médico-hospitalar, não importa o distanciamento social. Quando o fechamento não resolve a saúde que é incorrigivelmente horrível, não adianta o distanciamento.

5. O Brasil ainda vai pagar um preço altíssimo por abrir bares, autorizar festas e eventos, e permanecer com escolas fechadas. Sei que os professores se reinventaram com o ensino à distância e que muitos pais jamais deixariam os filhos retornarem este ano à escola, ainda que ela estivesse aberta, mas não consigo entender porque o perigo é só em sala de aula, e não nos parques temáticos, clubes, piscinas, praias, shoppings e, agora, cinemas e teatros, todos abertos.

6. As mortes por Covid em declínio no mundo todo salientam que as pessoas não morrem de Coronavírus, mas com Coronavírus. O que as mata são outras comorbidades ou simplesmente o mau atendimento médico hospitalar.

7. A imunidade de rebanho esperada por muitos não será alcançada por aqui antes da vacina, porque ao contrário do que se dizia no começo da pandemia o índice de contágio por Covid é muito menor que o de outras doenças infectocontagiosas, inclusive sua prima distante e mortífera, a gripe espanhola. Apesar da deficiência de testagem na maioria dos países do mundo, menos de 5% da população mundial contraiu até aqui o Coronavírus nesta sua nova mutação. Fosse sarampo ou catapora, sem vacinas teríamos muito mais infectados.

8. O que matou muita gente no início da pandemia foi aquela teoria furada de Thedros Adanom, da OMS e do Henrique Mandetta, de só ir até o hospital com problemas respiratórios. Mas eles devem ser perdoados: era o que a ciência sabia até então, e havia receio de colapsar os sistemas de saúde do mundo, aí sim matando mais pacientes com ou sem Covid. Quem morreu primeiro foi vítima muito mais desse raciocínio que depois se mostrou equivocado do que do Corona propriamente dito. Só depois é que se descobriu que, como toda doença, a Covid tratada precocemente pode até não ser só uma gripezinha, mas mata muito menos.

9. Do Brasil, os estados do Rio e de São Paulo foram os que mais insistiram com o distanciamento social e com a montagem de hospitais de campanha, e são eles também que estão entre os campeões de óbitos por Covid. Quanto ao distanciamento, não adianta nada se não servir para equipar a saúde e evitar-lhe o colapso, como já vimos. Quanto aos hospitais de campanha, não os definiria como mero marketing, porque foram pensados quando ainda se esperava por caminhões frigorífico de gente morta à cada esquina e caixões empilhados em covas rasas. Depois é que se descobriu que a boa e velha medicina preventiva conseguiria evitar inúmeros óbitos e diminuir os danos decorrentes do contágio.

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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