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RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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O negócio livreiro é muito estranho. Estou nele desde 2012 e já foi dos mais prósperos do mercado. Hoje em dia, vive uma dualidade: nunca antes se editaram e traduziram e publicaram tantos livros no país, e nunca antes se venderam tão poucos livros. Não é à toa que duas grandes redes de livrarias, a Saraiva e a Cultura, estão na bancarrota e em recuperação judicial. Não acredito que saiam dessa ilesas. A recuperação judicial, novo nome dado à antiga concordata, raramente devolve o bom funcionamento da empresa à direção do dono. Acredito que a baixa rentabilidade dos livros, que circulam muito pouco e rendem muito menos, tenha contribuído para as agruras vividas por grandes e pequenas livrarias, mas também considero existirem sérios problemas de gestão que também contribuem para a Saraiva e a Cultura jogarem a toalha como o fizeram. Ambas, aliás, claudicam faz tempo. Prova viva de que a crise não pode ser culpada de tudo é o fato da minha querida e mineiríssima Leitura estar na crista da onda, muito bem das pernas e se preparando para liderar o setor. Se a crise é a mesma, como se explica o sucesso de uns e a derrocada de outros? De qualquer modo, façam-me um grande favor, leitores amigos: neste natal presenteiem com livros! Um para cada ente querido, conforme o gosto de cada um. Se há algum parente ou amigo seu que não gosta de ler, dê a ele um livro para colorir e diga que é para desestressar (e é mesmo). Ou um livro com fotos. Livros são baratos, presentes originais e sofisticados, e atingem diversos e distintos perfis de consumidores. Contribua, assim, para a cultura nacional – que não se pode dar ao luxo de perder mais livrarias e bibliotecas.

Pedido de Proteção.
Jean Willys, o parlamentar exótico que teima em ser reeleito, agora pediu “proteção” para órgãos internacionais, dizendo-se ameaçado de morte. Ora, bolas! Ele enxovalha todo mundo que pensa diferente, cospe em colega congressista, vive semeando conflitos pela internet e reclama que está sendo hostilizado… O que pessoas como ele fazem para aparecer, se mostrando como vítimas indefesas, é de um ridículo atroz. É o vitimismo ilimitado, a única bandeira que políticos desse calibre ainda possuem, porque a luta pelas igualdades hoje é o lema de todos, ou quase todos. O discurso sobre direitos humanos e a defesa das minorias, então, é apadrinhado por um monte de ONGs e gente pública – sobra o quê pra um sujeito que nunca teve luz ou identidade próprias, e cuja conversa nunca extravasou esses limites estreitos? Também passou de hora desses organismos internacionais, a ONU aí inserida, pararem de balançar o rabo conforme ouvem barulho. Quando os Estados Unidos mandaram as nações unidas às favas, ninguém mugiu. Agora querem aporrinhar para os nossos lados. Briga com gente forte, a ONU não quer. Aí sobra tempo pra darem pitaco nas nossas idiossincrasias internas.

Anitta.
Em um hotel repleto de turistas americanos e latinos, no México, presenciei a reverência que o público internacional presta à nossa brasileira Anitta. Em um telão do bar passavam esportes e clips alternadamente. Todos os presentes distraídos bebericavam ou conversavam sem prestar atenção à programação, até que Anitta surgiu em um clip ousado desfilando seu corpão brasileiríssimo. Não há dúvidas, temos as mulheres mais bonitas do mundo. Tampouco há dúvidas, a moça é talentosa – senão cantando, ao menos dançando. Um orgulho nacional? Talvez, desde que nossa estrela não fale besteiras na imprensa. Quem tem fama e é seguido por jovens de várias castas sociais distintas não pode se dar ao luxo de afirmar na mídia que “já fez sexo a três”. O comentário pode até apimentar o imaginário coletivo dos marmanjos, mas orienta e incentiva meninas de periferia a uma precocidade sexual peculiar e pouco recomendável às adolescentes. Quem tem fama, tem seguidores, forma opinião. Celebridade tem que ter responsabilidade.

Ficando Velho.
Ficar velho é muito doido. Você passa mais tempo no banheiro, não somente fazendo número um ou dois, mas penteando mais cuidadosamente os cabelos (ralos e raros), pingando colírio, tomando remédio, lavando as lentes dos óculos. Todo mundo é mais jovem que você! As atrizes lindas de cinema e TV têm idade para serem suas filhas. Você cansa o dobro e produz a metade – e procura compensar com a experiência o vigor físico que não possui mais. A música e a tecnologia modernas? Esqueça! São incompreensíveis pra você. Quando sai a noite é pra jantar. Bebe de tarde e volta logo pra casa pra pedir uma pizza. O fim de semana perfeito pra você é ficar de pijama de sexta à noite à segunda de manhã. O programa ideal? Churrasco em casa ou na casa dos amigos. Quando sai pra balada resolve ir embora quando a moçada está chegando, e quando teima em acompanhar os mais jovens passa o dia seguinte inteiro de cama com dores por todo o corpo. E como você enterra entes queridos! Parece que morrem dois por ano. Ficar velho só é bom quando se considera a hipótese alternativa, que é a morte. Então, viva a velhice.

 

O dito pelo não dito.
“Já que você tem que pensar de qualquer forma, pense grande”. (Donald Trump, presidente americano).

 

Renato Zupo,
Magistrado e Escritor

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