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RENATO ZUPO

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A segunda onda de morte

ENTRETANTO

O chefe da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou que teremos uma segunda onda de mortes em massa por Coronavírus, mas isso não quer dizer uma espécie de recidiva da doença para os sintomáticos. Ou seja, não significa que quem contraiu a Covid19 poderá contrí-la de novo. Isso, afirmo eu, com base em conversas com cientistas, é impossível. Se é vírus (e é), a contaminação cria anticorpos para essa e outra vida. O que o chefão da OMS quis dizer é que o contágio agora vai se desdobrar pela África onde, sim, preocupa, dadas as condições paupérrimas sociais dos povos daquele continente esquecido. Mas o contágio não volta firme e forte e na crista da onda para o mundo ocidental, onde está dando trabalho atualmente. Outro detalhe: se é vírus, tem vacina, e a vacina imuniza. É esperar sem desesperar. O que não consigo entender é o pandemônio, o medo, de uma doença que – se todos os prognósticos mais pessimistas se confirmarem, se as nações do mundo trabalharem mal na sua contenção, enfim, se tudo der errado – ainda assim essa doença somente vai alcançar 1% da população mundial. É isso que não consigo entender.

Paulo Guedes sai?
Em se confirmando a tendência dos políticos que abandonam o barco governamental aparentemente afundando, o último superministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, seria o próximo a levantar acampamento e se despedir, voltando aos seus negócios privados e deixando o presidente da república em apuros com a opinião pública, a imprensa, a oposição, o Brasil inteiro. Não é lá muito fácil trabalhar com Bolsonaro – Nelson Teich suportou só um mês na função de ministro da saúde. Moro e Mandetta, cada qual a seu modo e conforme seu respectivo caráter, também foram embora. Regina Duarte quase se juntou a eles. A saída de Guedes, ao contrário e em que pese o mercado financeiro temer-lhe a saída, na minha modesta opinião vai fazer é bem para Bolsonaro e para a economia brasileira, desde que (eis aí o ponto importantíssimo) seja o ministro demissionário bem substituído por gente antiga do tucanato peessedebista, os Gustavos Krause e Franco, Armínio Fraga, Henrique Meirellles, etc… Gente do plano real, enfim. Paulo Guedes somente deteriorou nossa economia. Acha bom o dólar alto, o que só depõe contra sua capacidade gestora. Sua saída, repito, se bem substituído, é alvissareira para o governo.

Planos para a saúde.
Nelson Teich foi embora. Irrisória sua participação no governo Bolsonaro, não merece sequer muito comentário não. Nunca firmou presença, nunca foi ouvido ou seguido. A função de Ministro da Saúde no Brasil de hoje é meramente decorativa, ou quase isso. Primeiro que o próprio governo federal não o segue, segundo que Bolsonaro vai de encontro a qualquer prognóstico do Ministério da Saúde, e por fim, com a decisão do STF que concedeu autonomia a estados e municípios para tratar da pandemia, esvaziou-se por completo a credibilidade de qualquer diretriz do governo federal, leia-se ministério da saúde. É com o que não me conformo, tivemos o exemplo da Itália. O sofrimento italiano serviu como alerta mundial e o sacrifício de seu povo não era para ter sido em vão! O nosso presidente da república deveria ter reunido todos os seus quadros e gestores de outras unidades da federação, governadores, prefeitos e secretários de governo, e bolado um plano global de enfrentamento da crise da pandemia, é claro que ouvindo e aprendendo também, e levando em conta as peculiaridades de cada distinta e distante região deste nosso país imenso e continental. Com diálogo e sem crise política teria sido muito mais fácil desde o início. Não se aparelharam hospitais e profissionais de saúde no país inteiro e como se deveria. Não foi feito contingenciamento de leitos, EPI´s e profissionais, não se recenseou sequer o grupo disponível de médicos e enfermeiros… O presidente brigou o tempo inteiro com governadores e não deu respaldo a Mandetta ou, depois dele, a Teich. Se não é pra ouvir ministro da saúde, para quê nomeá-lo e pagá-lo – para que tê-lo, afinal de contas?

Salários mineiros.
Tudo indica que os salários dos servidores públicos mineiros vão começar a atrasar. Segundo números recentes, a queda do faturamento da maioria dos setores da economia nacional gerou o recolhimento deficitário de tributos sobre estas atividades rentáveis. Ou seja, o estado passou a arrecadar muito menos. Assim, o Poder Executivo mineiro tem uma despesa mensal superior ao dobro de sua arrecadação. Como o Governador Romeu Zema vai fazer para honrar seus compromissos com o funcionalismo público estadual, eu não sei. Mas ele, que já venceu tantas lutas improváveis, também haverá de sagrar-se vitorioso em mais esta. Minas Gerais dá exemplo no Brasil e no mundo em termos de boa gestão, com parcos recursos. Como costuma dizer o prefeito de Beagá, Alexandre Kalil: “O dinheiro dá. É só não roubar que o dinheiro dá.”

O Dito pelo não dito.
“Primeiro, eles desprezam, depois ignoram, depois agridem e no final, perdem” (Alexandre Kalil, político brasileiro, sobre seus adversários).

 

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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