• BLOG ENTRETANTO •

Picture of RENATO ZUPO
RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

NOSSAS REDES SOCIAIS

Conteúdo Criado e Revisado por Humano
exercito contra o lockdown

Exército contra o Lockdown

ENTRETANTO

Ainda que a Covid pare de matar, haverão de usá-la até o final do ano que vem como argumento eleitoral e político – o que é um absurdo tanto no âmbito governista quanto sob o viés da esquerda que se opõe ao presidente Bolsonaro. Não se pode tratar a pandemia como um argumento de campanha, como o fazem Dória e Ciro Gomes, alcunhando ao presidente de genocida com a expectativa de abocanhar-lhe eleitores. Por outro lado, nosso ilustre presidente deveria exercitar mais aquilo que aprendeu na caserna e cumprir as promessas que faz, ainda que saiam de rompante e em contexto de desabafo. Deve ser comedido ao falar para não engordar mais ainda o anedotário injusto que contra ele é alimentado por mídias parciais e irresponsáveis. E colocar o exército para enfrentar o povo, ou ao menos uma parcela dele, está longe de ser um estímulo democrático nesse momento caótico em que vivemos. Os dois lados da política erram ao enveredar pela polarização ideológica em tempos de crise mundial tão séria.

China: maior potência mundial?
A China filosófica, histórica e culta que conhecemos foi destruída depois de tomada pelo comunista Mao Tsé Tung, e passou a ser uma ditadura que adota o capitalismo de mercado estatal quando lhe convém, explora trabalho escravo e infantil, cujo poder judiciário manda executar criminosos não violentos e ainda cobra o preço da execução da família do morto, que exila ou prende opositores políticos e impede a imprensa livre. É esse país que está se tornando a maior potência econômica mundial, um perigo para a democracia ocidental. Vivem dizendo do “imperialismo americano”, mas devíamos fugir e evitar a forma mais perniciosa, abjeta e violenta de imperialismo que nos vem lá do oriente e arregimenta cérebros e corações pelo bolso e com subempregos. Prefiro o Brasil satélite dos Estados Unidos do que capacho da ditadura chinesa. A recente cerimônia do Oscar nos mostrou uma plateia comedida pela pandemia, mas repleta de afrodescendentes, latinos e indianos concorrendo às mais famosas estatuetas da história do cinema – e todo mundo vacinado! Isso é país de primeiro mundo e a diferença entre os nossos irmãos do norte e a China é que esta nos dá a doença e os EUA nos mostram o caminho da cura. Digam-me qual país ganhou em se aliar à China, União Soviética ou Cuba e retiro tudo o que disse. O gigante chinês deve ser contido, não derrotado. A derrocada econômica chinesa, se ocorresse bruscamente hoje, quebraria o mundo. País nenhum pode deter tanto poder assim, muito menos quando é uma potência nuclear ditatorial.

Educação presencial e essencial.
Lembremos de quando éramos jovens. Nosso mundo era a escola. Ali aprendíamos a nos socializar e solidarizar, a respeitar o outro. Fazíamos amigos e iniciávamos e terminávamos namoros. Adquiríamos uma competitividade saudável e aprendíamos ali a trabalhar em grupo. A escola, portanto, não é só ensino acadêmico. E estamos privando nossos jovens já há mais de um ano deste convívio intelectualmente saudável, cívico, que os prepara para a vida e para o mundo – tudo por conta da pandemia que, mal administrada e combatida, atormenta governantes medrosos que tratam a educação como serviço não essencial. A posteridade, as futuras gerações, nos irão narrar o enorme estrago da opção equivocada de sociedades democráticas do mundo inteiro que abriram bares e restaurantes, mas fecharam escolas. O pesadelo está no fim, as escolas irão reabrir, mas as sequelas serão inesquecíveis e permanentes, nos mostrando prejuízos impagáveis que não conseguiram ser remediados pelo ensino à distância.

Estatísticas de Incertezas.
Não pensem que a vacina é o apanágio, a solução, para todos os males pandêmicos. Temos hoje números que estimulam o eterno enigma da pandemia e de onde ela irá parar, ou até onde ela nos levará. O Estado Americano do Texas, que primeiro suprimiu medidas de distanciamento social, hoje convive com eventos e sem máscaras, sem contágios relevantes e sem problemas. Seria a vacinação? Bem, então compare estes indicadores com aquilo que ocorre no Uruguai (a imprensa brasileira omite a isto): é o país latino-americano que vacina com mais velocidade, isso de longe. Mesmo assim, registra a maior média de mortos da América do Sul: duzentos por cem mil habitantes. O que concluir diante de exemplos recentes tão díspares? Os números nos enlouquecem ao invés de esclarecer: o estado do Amazonas está todo azul no mapa da propagação do vírus porque na primeira onda todo mundo se contaminou, não porque medidas e vacinas por lá sejam mais rápidas. Quando a pessoa se contamina, geralmente torna mais difícil nova contaminação, porque já criou anticorpos. E São Paulo? O Estado que mais faz Lockdown, ao menos a versão brasileira do Lockdown, é também o Estado com mais mortes por Covid. E pensemos, finalmente, nas pesquisas que falam, mas omitem: estão morrendo menos velhos e mais jovens, não porque o vírus está mudando de gosto e atacando a outras vítimas, mas simplesmente porque os idosos estão sendo vacinados de maneira maciça e os jovens não. Difícil fazer prognósticos com notícias naturalmente confusas e que são omitidas ou deturpadas periodicamente por aqueles que deveriam velar pela informação, e não distorcê-la.

O Dito pelo não dito.
Comunismo não é amor, comunismo é um martelo com o qual se golpeia o inimigo”. (Mao Tsé Tong, político comunista chinês).

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

 

Gostou? Então compartilhe.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © RENATO ZUPO 2014 / 2024 - Todos os direitos reservados.

Desenvolvido pela:

NOVO LANÇAMENTO - PRÉ-VENDA

verdugooo 480x672