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RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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Estadistas

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Vendo esse imenso mar de lama que aflora da vida pública brasileira, sinto um pontinho de inveja quando me ponho a estudar os líderes do passado, verdadeiros estadistas à frente de seu tempo, interessados em ingressar na história pelo bem estar social causado por seus feitos, ao invés de fazê-lo pela porta dos fundos e pelas páginas policiais dos jornais. Winston Churchill, por exemplo, durante a segunda grande guerra incentivou sua Inglaterra a combater e resistir ao expansionismo nazista até o último homem, tanto e a tal ponto que os britânicos suportaram quatro meses de bombardeiros alemães ininterruptos que mataram mais de cem mil londrinos, a maioria mulheres e crianças, e jamais pensaram em se render. Vamos então voltar um pouco mais no tempo, para os anos 1930. O presidente norte americano Franklin Delano Roosevelt se viu envolto na maior crise econômica da história da humanidade, a implosão financeira dos Estados Unidos e a grande falência de todo um país que a ela se seguiu, quando a bolsa de Nova York da noite para o dia fechou empresas, bancos, gerando desemprego em massa, suicídios, miséria. Roosevelt criou então o “big deal”, plano para varrer do mapa as conseqüências nefastas da quebra da bolsa. Como fez? Investindo pesado, cada centavo economizado, em educação. Reinventou os Estados Unidos e o fez voltar a crescer em menos de dez anos. E nós aqui, suportando mensalões, lavajato, impeachment… Cada um merece os governantes que têm.

Lula x Moro.
A oitiva de Lula em um ato judicial midiático somente atiça os ânimos daqueles que pretendem politizar um processo penal – importantíssimo para os rumos da nação, é certo – mas que se restringe a apuração de fatos à luz do Direito e não deve ser encarado como uma noite do Oscar. E o colega magistrado Sérgio Moro, que suporta uma carga pesadíssima e merece todo o nosso respeito, acaba encurralado, de um lado pelos holofotes inoportunos de uma imprensa ávida por incensar heróis e dissecar moralmente vilões, de outro lado sufocado pelo populismo de um dos políticos mais carismáticos da recente história mundial.

Populismo.
E agora parte da imprensa deformadora de opiniões e a esquerdinha de galinheiro dos blogs e redes sociais, vêm dizer que os candidatos de direita são “populistas”… E é claro que a grande massa de internautas e leitores sem absolutamente nenhum discernimento intelectual ou espírito crítico concorda. Ora, o populismo é um outro apelido para a demagogia, utilizada por políticos de todas as castas sociais há séculos. Ser populista é, por exemplo, fazer promessas de campanha que não podem ser cumpridas, ou doar pão e circo e casas populares em troca de votos dos eleitores. Não engulam essa farsa, pelo amor de Deus. Os candidatos de Direita, que nem mais assim podem ser considerados, são justamente o oposto: pragmáticos, políticos de resultados e não de promessas, ideologicamente desinteressados em agradar quem quer que seja, com plataformas claras de governo, nem sempre simpáticas. Ou você acha que Trump fala para agradar, que Bolsonaro evita polêmicas e que Marine Le Pen tem baixa rejeição entre os eleitores? Por favor, gente, vamos exercitar o raciocínio e parar de acreditar em toda e qualquer besteira inserida nos meios de comunicação como se fosse verdade pura.

Momentos históricos.
Há tempo para ser idealista e crer em utopias, e tempo para defender um socialismo igualitário, mas a história mostrou que há momentos cruciais em que os povos e nações devem priorizar resultados. Os dois presidentes Bush, pai e filho, foram eleitos em tempo de guerras contra países islâmicos porque eram bons de briga. São duas toupeiras, mas os americanos não precisavam de sociólogos para namorarem-lhes as filhas, mas sim de políticos que enfrentassem o terror e botassem pra quebrar, e isso foi feito, e que se dane a simpatia ou as tendências intelectuais desses líderes de ocasião. Acho que com Trump foi a mesma coisa. E nós brasileiros precisamos aprender a também agir e votar conforme o momento histórico, e não como se estivéssemos em um conclave escolhendo o próximo papa santificado. Pensem nisso.

 

O Dito pelo Não dito.
“Não adianta chorar ou juntar os dedos em súplica: é preciso envelhecer.” (Virginia Woolf, escritora inglesa).

 

Renato Zupo,
Magistrado e Escritor

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