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RENATO ZUPO
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Limonada

ENTRETANTO

Quando minha irmã Daniella descobriu um câncer, após o susto inicial, insisti com ela que fizesse aquele limão azedo virar limonada. Por mais indigesto e desolador que fosse o ensejo, que tornasse aquela tragédia familiar algo produtivo e bom. E contasse uma história de superação. Não sei se foi porque me ouviu, ou porque simplesmente precisasse se expressar naquele momento crucial, mas ela criou uma web série fantástica e um livro campeão de vendas, tratando justamente de seu jeito de ver e conviver com a doença. “Amanhã hoje é Ontem (AHO)” foi notícia no Brasil inteiro, e Dani a terceira autora mais vendida este mês no Fliaraxá, o que não é pouco para uma autora iniciante. Não há nada tão negativo que não possa dar início a uma experiência positiva, a algo bom. Com talento, então, se vai longe.

Hitler ia à missa.
Acho de um escancarado ridículo ver gente ruim indo à missa, templos, encontrando-se com seus guias e seus dogmas. No dia a dia vandalizam, tornam horrível a vida do semelhante, destroem famílias. Mas encontram um tempinho pra ir à missa… Hitler, aliás, ia à missa. Curioso não? Depois da missa, matava judeus. Não que as pessoas não tenham direito disso ou daquilo. Por que esta coluna é escrita por um magistrado, alguns leitores se iludem e tem o cuidado de procurar ver nestas linhas sempre algo de jurídico e de positivado em leis. Nem sempre há. O malvado, por exemplo, pode ir à missa. É um direito dele. Até na cadeia, no manicômio, todos temos direito à assistência religiosa. É a Constituição que o diz, e o bom senso. Mas é de um ridículo deslavado. É como se o sujeito vestisse a alma para ir ao culto. Superado o trato com os espíritos e orixás, tira-se a alma e volta-se a ser um furúnculo em carne viva a assombrar os semelhantes.

Por falar em Judeus…
Os judeus foram e são os indígenas da Europa. Perseguidos e dizimados, espalharam-se pelo mundo e se miscigenaram, sempre correndo da ponta das baionetas e das balas de canhão. Há a lenda muito popular por lá do “Judeu Errante” que conta mais ou menos isso. E ainda assim povos Europeus querem nos ensinar como cuidar dos nossos indígenas… Como se tivessem dado tratamento vip para os judeus que excomungaram. No Brasil colônia, por exemplo, deportaram-se vários judeus que se recusaram à conversão católica. Não se tornaram “cristãos novos”, como então se chamavam os judeus convertidos. Por falar nisso, se você tem sobrenome de árvore (Pereira, Parreira, Oliveira, etc…), quase certamente é descendente de judeu novo, sabia? Bom. Voltando ao que interessa, esses judeus expatriados do Brasil foram acabar na então colônia norte americana de Nova Amsterdam, futura Nova York, que ajudaram a fazer progredir. Pra que se tenha uma ideia do talento e do merecimento desse bom povo de Abraão.

Genocídio.
Não percam a série do History Channel, “Guia politicamente Incorreto”, baseado nos livros de Leandro Narlock que destrincham os mitos da História Brasileira. Assista e grave, porque ela quebra vários tabus e vai te provar, por exemplo, que é mais perigoso viver seis meses na Baixada Fluminense do que vinte e dois anos durante a ditadura militar, ou que Santos Dumont não inventou o avião. Só discordei de um tópico: não teríamos trucidado os tupi-guaranis que imperavam em Pindorama, como era chamado o Brasil pelos índios. Na verdade, fomos nos amancebando, trocando bugigangas e miscigenando. É fato. Não há aquela figura feia do matador do europeu matador de indígenas no Brasil Colônia, como muita gente pensa. Só que o genocídio que perpetramos foi outro, menos sanguinolento decerto, mas mais efetivo: paulatinamente, acabamos com a alma e a cultura do índio. O que não absorvemos, jogamos fora, como se fosse lixo.

 

O dito pelo não dito.
“Todo relacionamento que não acaba com separação, acaba em morte. Tudo desmorona no final”. (Dr. House, da série de TV, interpretado por Hugh Laurie).

 

Renato Zupo,
Magistrado e Escritor

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