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RENATO ZUPO
RENATO ZUPO

Magistrado • Escritor • Palestrante

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Ética Jornalística

ENTRETANTO

O caso Dráuzio Varela e o da presa trans é emblemático da necessidade de capricho jornalístico intenso, sempre, em tempos tão midiáticos. O bom Doutor, quando está se comunicando, deve se preocupar com todo o conteúdo da matéria que produz. Na verdade Dráuzio e sua equipe pautaram sem nenhum cuidado a reportagem – entrevistou uma presidiária trans para defender-lhe os direitos em rede nacional, mas não divulgou que ela está presa por ter estuprado e matado uma criança de 09 anos. É fato que, ao tratar de presos, nós operários do Direito não devemos nos preocupar com o crime cometido, mas com a forma de humanizar a pena e ressocializar o criminoso. Todavia, como Dráuzio diz, ele não é juiz. Portanto, tem o dever de informar – e teria de buscar informações sobre o Trans da história toda. Ele escolheu o preso errado para despertar compaixão, cometeu um erro crasso porque não informou completamente sobre a história por detrás do cárcere, com dados os quais poderia ter acesso (e o público merecia saber). E aprenda, Dr. Dráuzio: quando informamos, não somos juízes ou médicos. Somos formadores de opinião. Tem que ter muita responsabilidade nisso.

O vírus é o do pânico.
Atenção: o Coronavírus mata menos que um resfriado normal. Mata apenas pessoas himunodeprimidas (idosos, pacientes de outras graves doenças, gente sem acompanhamento médico). Há pessoas indo e vindo normalmente da Europa e da China – embora na Itália o pânico tenha se espalhado na escala alegórica e rocambolesca tão típica daquele lindo país de meus ancestrais. É necessário que entendamos duas coisas: o Coronavírus só assusta porque é novo e altamente contagioso, não porque mata. Sua letalidade é inexpressiva, se tratados seus sintomas rapidamente. Outra: temos que ter cuidado e conter o vírus – mas, por favor, sem pânico. Deixemos a ciência trabalhar. Até lá, vamos tomando os nossos cuidados e trabalhando, sem pensar no Armageddon, no fim dos tempos.

Lacunas Constitucionais.
Há normas constitucionais autoaplicáveis e as normas constitucionais de eficácia contida. Só as primeiras valem sozinhas. As de eficácia contida precisam de legislação ordinária ou complementar para funcionar, e até hoje não funcionam muitas delas. Isso torna nossa constituição um imenso balaio de gatos, uma colcha tosca de retalhos que, no entanto, temos que defender com unhas e dentes para que preservemos nossa democracia. Por que é assim? Porque há trinta anos ou mais não há ensino jurídico de ponta no país como, aliás, não há nenhum ensino superior de qualidade internacional no Brasil, exceto Odontologia. Portanto, nestas três décadas formamos os melhores dentistas do mundo, e incompletos juristas em idêntico tempo.

Fundos de Campanha.
Tinha é que desregulamentar fundo de campanha e doação político-partidária como nos EUA, quando Kennedy assumiu impelido pelo dinheiro da Máfia e dos cassinos. Seu irmão era também o Procurador Geral de Justiça Bob, o incorrompível, e tudo estava tão enlameado que o Senado Americano com apoio amplo da Suprema Corte lá deles decidiu que doa quem quiser, o quanto quiser, e liberou veículos de comunicação para apoiarem quem bem entendessem. É só parar de proibir, que se gasta menos com polícia, jornal, imprensa, órgãos reguladores e processos.

Vamos deixar a Regina trabalhar?
Alguém já disse que governar é fazer pontes, não criar muros. Deixem a namoradinha do Brasil fazer o trabalho dela. Se não gostarem, depois critiquem. Mas porque vamos esculhambar antes de ver Regina Duarte começar a trabalhar? Olavo de Carvalho não concorda com a nomeação… Bem, ele já referendou Weintraub, Velez e o ex-clone do nazista Goebbels. Olavo pode ser excelente escritor e filósofo – e o é – mas se queimou com suas indicações. É hora dele também esperar pra falar. Quanto às facções de odiadores… bem, o que esperar de quem esfaqueia candidatos a presidente, deturpa informações e assassina reputações?

Falsificação paraguaia.
Ronaldinho Gaúcho padece do mesmo mal da maioria dos boleiros. Não teve infância, se tornou milionário antes da hora, não teve e nem tem cabeça para o sucesso e deixou-se impregnar de puxa sacos e “parças” ao seu lado. Do caso de sua prisão lembrei-me dos destrambelhamentos de Neymar, Romário nos áureos tempos, Edmundo, etc… Até de Garrincha pulando o muro da concentração pra fugir pro cabaré eu me lembrei. Não será mera coincidência. Agora, pelo amor de Deus, alguém falsificar passaporte PARAGUAIO? Façam-me o favor. É tão imbecil quanto arrumar biscate brasileira na internet pra fazer programa em Paris.

O dito pelo não dito.
“Como outras emoções, o medo é contagioso e pode se espalhar rapidamente.” (Karin Wahl-Jorgensen, jornalista britânica).

Renato Zupo
Magistrado e Escritor

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