Para entender as mulheres é necessário disseca-las, como o fez Roger Vadim. Como tentou Sigmund Freud. Aliás, este último, o pai da psicanálise, acabou afirmando não conseguir entende-las. Se ele não conseguiu, o que dizer de nós, humildes aprendizes das artes e ciências da vida? Bem, Vadim – diretor, dentre outros, do famoso filme “ E Deus criou a mulher” – dizia não se iludir com a alma feminina. E explicava: quando uma mulher lhe diz ´vai me amar para sempre?´, na verdade quer dizer ´por favor, não me deixe apaixonar por outra pessoa.´ No fundo, nós é que somos escolhidos e depois descartados pelas mulheres, só não percebemos isso. Elas é que são poderosas e sempre foram. Não precisam de nenhum empoderamento proveniente de algum movimento ridículo de ocasião e elaborado por um bando de perniciosas incentivadoras da guerra entre os gêneros. Não há guerra entre os gêneros. As mulheres sempre nos mandaram e ponto – percebamos ou não isso. E há várias maneiras de dar ordens, as mais eficientes geralmente são murmuradas entre lágrimas, sorrisos e gemidos de prazer.
Anos atrás escrevi aqui sobre os tipos de mulheres que há no mercado. Feministas me escracharam. Não tenho culpa de detestar o feminismo, que para mim é o machismo ao contrário, do avesso. Se somos todos iguais, para quê brigar por igualdade? O feminismo não resiste a uma análise lógica. Mas vamos aos tipos de mulheres detectáveis nessa vida: a) a mulher verdureira, que escolhe seu homem como quem está escolhendo tomates em um sacolão, optando pelos mais aprazíveis e simplesmente desprezando o restante, tratando aos solavancos aos demais, que repudia; b) a mulher encruzilhada, a indecisa com dificuldade enorme para escolher seu par, exigente e insegura demais, não consegue optar entre o ser amado e o colo da mãe; c) a mulher adrenalina: está insatisfeita sempre e quer emoções fortes, quer “viver”, e raramente consegue permanecer casada; d) a mulher remela: simplesmente não sabe escolher homens, escolhe os piores, contra os conselhos de todos e os diversos exemplos bem debaixo do seu nariz, age como no ditado: não gosta dos olhos, mas da remela…e) a mulher mãe: cuida do parceiro como se fosse um filho e lhe perdoa todos os pecados, é superprotetora e ama incondicionalmente, é feliz na sua infelicidade e não trocaria sua vida por nenhuma outra, teimosa que é.
O Dito pelo não dito.“Deveríamos ter duas vidas. Uma para ensaiar, a outra para viver”. (Vittorio Gassman, ator italiano).
Magistrado e Escritor